Me tornei líder da minha própria equipe, e agora?
- Lucia Strabelli
- 11 de jul. de 2023
- 2 min de leitura
Parece que o seu sonho/objetivo se realizou, você fez todo o esforço de tempo, energia e aprendizado para atingir seu alvo: se tornar líder. Parabéns, você chegou lá! Fez por merecer! Você idealizou esse cargo ou posição, dedicou horas a mais para a sua área de atuação, assumiu responsabilidades, liderou projetos, fez as entregas, teve avaliações muito positivas, enfim, agora você tem o cargo que tanto quis. Bem, a questão que vem agora é como devo proceder. Devo me tornar um ser diferente? Pois um líder está num patamar acima dos demais reles mortais, pois foi assim que você vivenciou, com chefias que teve anteriormente e comportamentos não tão exemplares, alguns mandões, centralizadores, duros, exigentes, abusivos, paizões ou mãezonas, competentes, apoiadores, treinadores… afinal, qual devo seguir? Principalmente se você se tornou líder de seu próprio time. Como vou agir daqui para frente? Vou ter um lugar diferenciado para sentar, com cadeira que deita, um telefone celular corporativo? Devo almoçar com os demais líderes ou pares ou almoço com a minha equipe mesmo, ou com a pessoa que estava acostumada a almoçar? Seria ótimo se pudéssemos fazer um treinamento ou imersão de três meses e lá adquirirmos todos esses aprendizados e respostas. Eu diria que por mais que você tenha participado de todos os treinamentos e lido todos os livros sobre o assunto, não terá as respostas para os seus questionamentos. O importante é se conhecer, o autoconhecimento é peça chave para entender o seu perfil, suas características e com isso utilizar a seu favor essas habilidades. Além disso, ter uma escuta ativa, para entender e compreender cada uma das pessoas de seu time, e com isso, mapear cada uma delas, oferecendo atividades e oportunidades para que possam se desenvolver. Entender o que elas almejam, suas preferências, anseios, medos e ansiedades. Outro aspecto é a comunicação, deixar muito claro o que se espera de cada um e quais os objetivos a serem alcançados. Estimular que participem e se sintam parte das soluções. Evitar o favoritismo, apesar que, obviamente, no fundo, saberá quem é o seu favorito, por ser aquela pessoa que você não precisa explicar duas vezes, que te entende de primeira e faz as entregas exatamente, ou melhor do que você planejou. Saiba que a diversidade de opiniões e pontos de vista é importante para termos outros olhares sobre o tema e abertura de novas janelas que não imaginávamos. Compreender que você está no papel de liderança e que a forma que atuará levará em conta o seu jeito único de ser, ou seja, seja você mesmo! Se pretender almoçar com o time, faça, se isso fizer sentido. Se achar pertinente se relacionar mais com os pares para baixar barreiras que supostamente existem, faça. Se tiver alguém no time que tenha se sentido preterido, por você ter assumido e este não, converse e limpe qualquer mal-estar que possa existir. Diria que a prática do dia a dia irá dar as respostas e determinar as ações que tomará. Procure respeitar o seu jeito de ser e não ser uma outra pessoa, pois isso não é original, não confiável e pode desmoronar, como uma construção feita de areia sem o primordial ingrediente: o cimento ou a empatia.
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